² Docente da Faculdade de Tecnologia de Botucatu, São Paulo, Brasil. bfantin@fatecbt.edu.br

³ Docente da Faculdade de Tecnologia de Botucatu, São Paulo, Brasil. sergio@fatecbt.edu.br

RESUMO. A utilização do automóvel após o seu advento tem sido cada vez maior. Se de um lado o carro proporciona grande conforto e comodidade para os seus usuários, de ouro traz grandes problemas para as cidades como congestionamentos, poluição atmosférica, acidentes além da necessidade de grandes inversões de recursos em obras viárias. (FERRAZ et al, 2009). Faz-se então necessário a adoção de medidas de controle de tráfego nos cruzamento no sentido de minimizar os riscos de conflitos e garantir a segurança de motoristas e pedestres. De acordo com Bezerra (2007, p.2), a viabilidade de um semáforo não é algo fácil de ser estudado, embora “a colocação de um semáforo onde não é indicado tecnicamente acaba por prejudicar o desempenho operacional do cruzamento, afetando um ou mais fatores, tais como segurança, demora, número de paradas e capacidade”. Bezerra (2007) destaca ainda que se um semáforo for instalado de forma inadequada pode acarretar alguns transtornos ao trânsito de veículos e pedestres, entre os quais se destacam: o aumento do tempo de espera e do número de paradas; a redução da capacidade, o aumento da frequência de acidentes, o aumento nas violações das regras de trânsito, a utilização de rotas alternativas para evitar o semáforo (gerando problemas para as ruas de características locais). Por outro lado, um semáforo bem alocado pode trazer benefícios ao trânsito, entre os quais, a redução do tempo de espera e do número de paradas, o aumento da capacidade, a redução do tamanho das filas, a redução da frequência de acidentes, a redução da emissão de poluente e do consumo de combustível. Desta forma, os semáforos a serem instalados em cruzamentos devem ter sua real necessidade analisada para que não venha a acarretar prejuízos ao trânsito de veículos e pedestres que circulam nesses cruzamentos semaforizados. Consequentemente há necessidade de ser avaliar a situação dos cruzamentos e verificar se há algo que possa prejudicar a passagem dos veículos. Considerando esta problemática e os atuais semáforos do município de Botucatu, este trabalho pretende avaliar a real necessidade da existência de cruzamentos semaforizados, bem como seus impactos negativos ao trânsito. A identificação desta real necessidade é possível verificando algumas exigências técnicas, bem como avaliando os critérios pré-determinados de volume de veículos, pedestres e o número de ocorrência de acidentes. Para isso, foram coletados dados que permitem identificar àhora pico de cada cruzamento em três períodos (manhã, almoço e tarde) de forma que seja possível verificar se os semáforos hoje existentes na cidade de Botucatu foram alocados corretamente. Espera-se que este trabalho possa alertar o poder público sobre o impacto negativos advindos da incorreta utilização do equipamento e o ônus gerado no sistema viário.

REFERÊNCIAS

FERRAZ, A. C. P.; FORTES, F. Q.; SIMÕES, F. A. Engenharia de Tráfego Urbano: fundamentos práticos. São Carlos: EDUSP, 2009. 123p.

BEZERRA, B. S. Semáforo: Gestão Técnica, Percepção do Desempenho, Duração dos Tempos. 241f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) apresentada a Escola de Engenharia de São Carlos/ SP. 2007.

OLIVEIRA, F. B. Geração de tempos Semafóricos Utilizando Inteligência Computacional em Sig convencionais. 118f. Dissertação (Mestrado em Modelagem Matemática e Computacional) apresentada ao Centro Educacional Tecnológico de Belo Horizonte/MG. 2009.