Jornacitec Botucatu, III JORNACITEC

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RELAÇÃO ENTRE EXAME ANDROLÓGICO, SOROLOGIA, CULTIVO MICROBIOLÓGICO E PCR DO SEMEN NA BRUCELOSE BOVINA E SUA IMPORTANCIA AO AGRONEGÓCIO
Geraldo de Nardi Junior, Marcio Garcia Ribeiro, Jane Megid, Adriana Cortez, Fernando Listoni, Lilia Paulin

Última alteração: 2014-10-01

Resumo


A brucelose bovina é reconhecida como doença infectocontagiosa causada pela Brucella abortus (B. abortus), caracterizada por manifestações clínicas da esfera reprodutiva e severos prejuízos aos produtores (ACHA; SZYFRES, 2003). Na América Latina, as perdas econômicas devido a brucelose são da ordem de 600 milhões de dólares/ano. No Brasil, os prejuízos com a brucelose em bovinos foram estimados em 100 milhões dólares/ano (FOLHA DE SÃO PAULO, 2000).Considerando o grande rebanho bovino no Brasil, o potencial zoonótico da brucelose, o impacto negativo da doença nos plantéis o presente estudo comparou o exame andrológico, as provas sorológicas e o cultivo microbiológico e reação em cadeia da polimerase (PCR) do sêmen de touros criados na região centro-oeste do estado de São Paulo e sul do Mato-Grosso do Sul.A detecção de brucela por PCR no sêmen de animais considerados aptos à reprodução no exame andrológico e negativos no cultivo e em testes complementares utilizando soro – incluindo testes exigidos pelo PNCEBT – denota séria preocupação em saúde animal. Este achado indica que estes animais podem estar sendo utilizados na monta natural em propriedades, servindo como fontes de infecção nos plantéis. Ainda, o sêmen destes animais pode ser utilizado, legalmente e com fins comerciais, em procedimentos de biotécnicas da reprodução como inseminação artificial e fertilização in vitro, servindo como via de disseminação do patógeno para animais de outros criadores, além dos riscos em saúde pública da manipulação de sêmen contendo brucela com sérios riscos aos profissionais do agronegócio.


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