A pesquisa descreve os prejuízos econômicos decorrentes da perda do apiário de Apis mellifera africanizadas, que foi envenenado de forma criminosa em Dezembro de 2013 na Fazenda Experimental Edgárdia. Os enxames pertenciam a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP – FMVZ, Câmpus de Botucatu e estavam sendo utilizados em atividades de ensino, pesquisa e produção. Todo o apiário foi perdido, sendo constatados sinais claros de envenenamento dos enxames causado possivelmente por agrotóxico de ação neurotóxica. Foram observadas abelhas mortas no interior e exterior das colmeias, com alterações comportamentais (tremores, agitação e movimentos descoordenados) que culminaram na perda de todas as colônias (17). Considerando que na área do apiário e em seu entorno não ocorre à pulverização de agrotóxicos que podem prejudicar os enxames, sugere-se que o envenenamento foi proposital e criminoso. Após registro de boletim de ocorrência na Delegacia de Botucatu, foi realizada a quantificação da produção média anual de mel e própolis de cada enxame, além da cera alveolada utilizada na preparação dos quadros das colmeias no ninho e melgueiras. Em seguida foi realizado o cálculo dos prejuízos econômicos decorridos da perda dos enxames e da produção do apiário, considerando o período de um ano de produção. Para cálculo dos prejuízos, foram utilizados valores médios de comercialização para cada produto. Desta forma, calculou-se um prejuízo no valor total de R$8.457,50. Trabalhos realizados em várias partes do mundo mostram a intoxicação das abelhas por agrotóxicos como principais causas de envenenamento e o declínio de polinizadores, pois vários princípios ativos são largamente utilizados em culturas agrícolas brasileiras. A confirmação de diagnóstico nos casos de envenenamento torna-se cada vez mais necessária, dada a importância no comprometimento da saúde das abelhas, da saúde pública e da produção de alimentos. Palavras Chave: Abelhas, Apiário, Colmeias, Envenenamento, Perdas econômicas Saúde publica