Última alteração: 2014-10-01
Resumo
A última década apresentou um crescimento de vendas nos setores de eletrônicos e eletrodomésticos, sendo que o setor de informática apresentou um salto no número de computadores por domicílio de 16% em 2005 para 45% em 2011 segundo o Centro de estudos sobre as tecnologias da informação e da comunicação (2013). Conforme apura Santos (2012), o crescimento da indústria de computadores pessoais foi de 75% no período entre 2008 e 2011, com um faturamento de 12 bilhões de dólares por ano.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em 2011 a porcentagem de domicílios com microcomputador era de 42,9%, apresentando um crescimento de aproximadamente 24% em relação à mesma pesquisa de 2009 (BRASIL, 2012).
Diaz e Cano (2012), com base nos dados da PNAD destacam que o percentual de domicílios com computadores no Brasil aumentou consideravelmente nos últimos anos, despertando o interesse em se conhecer o perfil desses consumidores. Para Azevedo e Mardegan (2009), o poder aquisitivo do consumidor de renda mais baixa vem aumentado desde 2008 e, além das preocupações básicas com alimentação e moradia, passa também a consumir produtos que trazem mais praticidade ao seu modo de vida, tais como televisão, celular, computador pessoal entre outros.
Com a popularização dos computadores pessoais, setores da informática que permeiam o seu funcionamento tendem a crescer, o que pode ser notado pelo grande aumento do número de usuários de redes sociais. Esse novo usuário, busca um computador com a intenção de participar deste mundo virtual, porém, muitas vezes não sabe o que irá necessitar para ter acesso a isso.
Sabe-se ainda que os estabelecimentos comerciais varejistas (lojas físicas ou virtuais) vendem o hardware, no entanto, o mesmo necessita de um software para gerenciá-lo (o chamado sistema operacional). Um problema que pode surgir a partir desse cenário é que o sistema operacional embutido na compra de um computador, normalmente não é apresentado adequadamente ao consumidor, o qual, muitas vezes, sente a necessidade de modificá-lo para deixá-lo no mesmo padrão dos que já utilizou.
Outra questão é a hipótese de que um consumidor desprovido de informações básicas de informática pode ser conduzido a adquirir algo que não lhe trará a satisfação desejada, obrigando-o a procurar um comércio especializado para modificar o produto que acabou de adquirir. Acredita-se que o grau de conhecimento básico de informática não cresceu na mesma proporção que o consumo de microcomputadores, levantando a hipótese de que muitos consumidores podem estar adquirindo um computador pessoal sem realmente entender o que estão adquirindo.
Neste contexto, o objetivo do trabalho é avaliar o grau de conhecimento dos consumidores (efetivos e potenciais) de microcomputadores de uso pessoal e doméstico no momento de sua aquisição.