Cada vez mais as questões de sustentabilidade e responsabilidade social fazem parte do nosso mundo moderno e as organizações têm buscado a adoção de práticas sustentáveis e ecologicamente responsáveis para gerenciar seus processos produtivos. Guarnieri (2011) afirma que os crescentes desastres ambientais divulgados pela mídia e a escassez dos recursos naturais aflorou na sociedade uma consciência ambiental e essa passou a cobrar do governo e das empresas um posicionamento quanto ás questões ambientais. O conceito logístico de integração de todas as atividades que acompanham o ciclo de vida dos produtos hoje se estende também á vida desses produtos pós-consumo, segundo Leite (2009) a logística reversa se preocupa com o projeto do produto, seu retorno ao centro produtivo e o seu reaproveitamento sob diferentes formas, representando uma ferramenta estratégica de competitividade empresarial, quando sua atuação é utilizada sob forma de agregação de valor econômico, obediência ás legislações e para reforçar a marca e imagem da empresa no mercado, enfatizando que o estudo dos canais de distribuição reverso vem crescendo nos últimos anos, mas ainda não é totalmente valorizado em comparação com os canais de distribuição diretos, pois nem sempre são dimensionados corretamente. Corrêa (2010) comenta que embora as opções associadas aos fluxos reversos, como a reutilização, a reforma, a reciclagem e outras, tenham sido geralmente associadas á atividades geradoras apenas de custo, uma boa gestão de logística reversa em redes de suprimento não só minimiza esses custos como também permite a geração e recuperação do valor potencialmente gerado por eles. A lei nº 12.305, da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída em agosto de 2010, afirma que o gerenciamento dos resíduos sólidos é de responsabilidade dos geradores e do poder público, cabendo á eles um descarte adequado para minimizar possíveis danos ao meio ambiente e a saúde pública. Conceição, Rosa e Moraes (2013) destacam que a PNRS propiciam e incentivam atividades relacionadas ao aumento da reciclagem no país, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) abrem linhas de créditos para entidades de catadores e municípios que estejam envolvidos com programas de coleta seletiva. O objetivo desse estudo é discorrer sobre este tema, apresentando alguns conceitos, enfatizando fatores ambientais, sociais e econômicos, que são primordiais á área. Um estudo de caso será elaborado em um hospital particular de Botucatu, onde dados serão coletados em torno do processo de gerenciamento de seus resíduos hospitalares, uma vez que o volume de resíduos gerados em instituições de saúde é grande e na maioria das vezes por se tratar de materiais com alto grau de infectabilidade exigem métodos específicos para tratamento e disposição final que podem representar custos significativos. O resultado esperado com esse estudo é avaliar possíveis melhorias que permitam otimizar esse processo, através do equacionamento desses custos e a racionalização do volume dos resíduos produzidos e ainda uma segregação correta dos materiais, ou seja, medidas que possam promover um melhor aproveitamento dos recursos financeiros da instituição.