Jornacitec Botucatu, IV JORNACITEC

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NÍVEIS DE RUÍDO EM COLHEDORA AUTOMOTRIZ DE GRÃOS
Tomás Pellegrini Baio, Tiago Pereira da Silva, Paulo Roberto Arbex Silva, Vinicius Paludo, Anderson Ravanny de Andrade Gomes

Última alteração: 2015-09-22

Resumo


Embora na última década as máquinas tenham evoluído em potência, tamanho e tecnologia, em aspectos ligados a segurança do operador a evolução não teve a mesma correspondência (OLIVEIRA JÚNIOR et al.; 2011). De acordo com Alves et al., (2011), um dos fatores de risco ao operador de máquinas agrícolas é o nível de ruídos emitido por elas. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar os níveis de ruído emitidos por uma colhedora automotriz de grãos e determinar o tempo máximo permissível de exposição dos trabalhadores envolvidos na colheita. O trabalho foi realizado na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Ciências Agronômicas, FCA/UNESP de Botucatu, sendo utilizada uma colhedora automotriz de grãos, marca New Holland, modelo TC5070 4x2 TDA, de 132,73 kW (178cv) de potência no motor e plataforma para milho de 3,4 m. Os níveis de ruído foram verificados durante a operação de colheita de milho e descarga dos grãos do graneleiro ao transbordo, dentro e fora da cabine de operação da máquina, conforme norma técnica de ensaio de ruídos NBR9999 (ABNT, 1987) e NR15 (BRASIL, 2009) de máxima exposição diária permissível ao ruído. A colheita e descarga dos grãos foram realizada em rotação de 2100 rpm no motor, conforme recomendação do manual do fabricante. Os tratamentos foram identificados como: T1 (Ruído dentro da cabine durante a colheita), T2 (Ruído dentro da cabine durante a descarga dos grãos em transbordo), T3 (Ruído fora da cabine durante a colheita) e T4 (Ruído fora da cabine durante a descarga dos grãos em transbordo). Os níveis de ruído foram coletados com Decibelímetro digital, modelos DEC-490, em escala decibel (dB). Foram realizadas dez repetições por tratamento e os dados submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados indicam que dentro da cabine da colhedora os níveis de ruído não se diferenciam quando colhendo ou descarregando os grãos no transbordo, sendo de oito horas a máxima exposição diária permissível ao operador. Fora da cabine o nível de ruído colhendo é maior que descarregando os grãos, 96,04 dB, sendo de uma hora e 45 minutos a máxima exposição diária permissível do operador de transbordo de grãos.

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