Jornacitec Botucatu, IX JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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AUTOPSIA VIRTUAL COMO FERRAMENTA DE AUXÍLIO NA PANDEMIA DE COVID-19.
Barbara Eduarda Akemi Alves Matsuoka, Vivian Toledo Santos Gambarato

Última alteração: 2020-10-08

Resumo


Segundo divulgado pela BBC (2013) em julho desse mesmo ano, a Universidade de Zurique, na Suíça trazia uma grande novidade no campo da medicina, a divulgação da virtopsy, conhecida depois como autópsia virtual, um exame para investigar o corpo humano e causas após a morte, com menor intervenção e maior preservação para investigações, assim mantendo provas essenciais sobre a causa da morte . O exame digital é composto por diversas tecnologias como ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografias em 3D. Um exemplo da utilização dessa tecnologia no Brasil aconteceu em outubro de 2015, na Academia Nacional de Medicina, na conferência chamada Autópsia Virtual como Instrumento de Pesquisa e Ensino: O Caso de D. Pedro I que foi realizada pelo Dr. Paulo Saldiva, Titular de Patologia da USP, apresentado pelo Presidente Francisco Sampaio. Segundo ANM (2015), o corpo de D. Pedro I encontrava-se em uma situação precária, o pulmão sofreu de tuberculose, que teria levado a um quadro de insuficiência cardíaca, diferente do que se consta na história que ele teria falecido de sífilis. No ano de 2020 o assunto de autópsia virtual voltou à tona com o coronavírus, que causa a doença COVID-19. O Ministério da Saúde (2020) define como uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. Esse vírus trouxe uma grande quantidade de mortes não confirmadas, que segundo divulgado pelo Ministério da Saúde (2020) já são 23,473 mortes confirmadas para a COVID-19. Com o alto risco de contágio, os gestores públicos começaram a cogitar o uso da autópsia virtual e a autópsia minimamente invasiva. Divulgado por Bornwinnson (2020), o governador do estado de São Paulo, João Doria, anunciou na coletiva de imprensa no dia 21 de março juntamente com o decreto de quarentena para todo o estado, a utilização da autópsia virtual no Instituto Médico Legal (IML) para a confirmação do coronavírus por características de imagens. Juntamente com a autópsia virtual, a autópsia minimamente invasiva também pode ser utilizada para reduzir o risco de contágios nos profissionais de saúde. Alisson (2020) explica que essa autópsia consiste em uma pequena incisão na pele que permite acesso aos órgãos e tecidos internos os quais são visualizados por dispositivos de reprodução de imagem. Foi desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). A utilização desse método de autópsia foi escolhido para ser utilizado visando a proteção dos profissionais de saúde que são aqueles mais expostos ao contágio diariamente devido a sua profissão, com a diminuição do contato com os corpos infectados, diminui o risco da contaminação e a propagação do vírus, mas a maioria dos estudos que envolvem esse método dizem que a autópsia virtual é apenas um complemento para a autópsia convencional, e não deve tomar o lugar da autópsia. Assim, os objetivos deste trabalho são descrever e demonstrar o uso da autopsia virtual e sua importância como ferramenta de auxílio aos profissionais de saúde e gestão pública.


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