A antracnose tem como agente casual, o fungo Colletotrichum gloeosporioides, sendo comumente encontrada nas principais regiões produtoras de maracujá no Brasil. Ocorrem principalmente em frutos desenvolvidos, e constitui na mais importante doença de pós- colheita da cultura, reduzindo o seu período de conservação nas prateleiras, trazendo grandes prejuízos aos produtores e comerciantes. Objetivou-se, investigar a ação de diferentes concentrações do óleo essencial de semente de uva, sobre C. gloeosporioides em frutos de maracujá amarelo (Passiflora edulis). Aplicaram-se, diferentes concentrações do óleo essencial de semente de uva de 0,25; 0,5; 0,75 e 1,0%. Realizou-se dois testes, tratamento preventivo e tratamento curativo, utilizando frutos de maracujá amarelo inoculadas com o patógeno, que foi isolado em laboratório, provenientes de frutos contaminados com a antracnose. Após seu desenvolvimento na placa, foram retirados discos de 0,5 cm de colônia fúngica, transferindo-os para sete placas de Petri contendo BDA, para sua purificação. Após o fungo colonizar toda a placa, foram preparadas suspensões contendo conídios fúngicos, através da dissolução das colônias em agua destilada com auxílio da alça de Drigalsky.  O óleo essencial de semente de uva foi emulsionado nas concentrações para cada tratamento em 1000 ml de água destilada autoclavada, juntamente com Tewen 80. Os frutos foram minuciosamente selecionados, desinfetados com hipoclorito a 2% e secados em temperatura ambiente sobre papel toalha. Para facilitar a entrada do patógeno, realizou-se pequenos ferimentos em sua casca com auxílio de estilete devidamente desinfestado. Para o teste de tratamento preventivo, os frutos foram mergulhados na solução com óleo essencial por alguns segundos, após 24 horas do tratamento realizou-se a infecção, introduzindo os frutos na solução com o patógeno do C. gloeosporioides. O teste de tratamento curativo procedeu-se introduzindo os frutos na solução com o patógeno do C. gloeosporioides, e após 48 horas os frutos foram mergulhados nas concentrações de óleo essencial. As avaliações ocorreram durante doze dias, contabilizando o desenvolvimento do fungo a cada 72 horas, em ambos os testes. Pode-se observar que os tratamentos com o óleo de semente de uva em todas as concentrações, não obtiveram efeito positivo sobre o fungo em ambos os testes, e tiveram efeito estimulante para o desenvolvimento da doença, conforme o aumento das concentrações do óleo essencial. Conclui-se que o óleo essencial de semente de uva, não apresentou potencial para o controle pós-colheita da antracnose, em frutos convencionais de maracujá amarelo.