Jornacitec Botucatu, VIII JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

Tamanho da fonte: 
AVALIAÇÃO E ASSOCIAÇÃO DO HEC E DA H.U DO OSSO NAVICULAR E DA SUPERFÍCIE FLEXORA DO TFDP DE PEÇAS DE EQUINOS
Rossi de Carvalho Ribeiro, Laís Melicio Cintra Bueno, Jéssica Leite Fogaça, Michel Campos Vettorato, Nayara Gil Mazzante, Vânia Maria Vasconcelos Machado

Última alteração: 2019-10-04

Resumo


A ferramenta do histograma em escala de cinza (HEC) vem demonstrando aspectos positivos e complementares na avaliação de imagens médicas voltadas a equinos, como a sua aplicabilidade em ultrassonográfica do tendão flexor digital profundo (TFDP) (SCHIE et al., 2000). A tomografia computadorizada destaca-se pela sensibilidade em identificar lesões ósseas e pela padronização dos valores de densidades fornecidos pela Unidade de Hunsfield (H.U) (AMARO-JUNIOR; YAMASHITA, 2001). Contudo, estudos explanando a associação e correlação do HEC e da HU nas regiões cortical e medular do osso navicular e da superfície flexora do TFDP não foram encontrados na literatura consultada, em virtude disso, a atual pesquisa propôs correlacionar as variáveis do HEC e da H.U identificadas nestas regiões em peças cadavéricas de equinos. Este estudo foi realizado no departamento de reprodução animal e radiologia veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu (FMVZ/UNESP) com quatro peças cadavéricas de membros de equinos hígidos, e foi aprovado pela Comissão de Ética de Uso de Animais (CEUA), nº 0191/2017. Essas peças foram submetidas ao exame de TC (marca Shimadzu modelo SCT 7800 TC Helicoidal de 1 canal) para realização do H.U e do HEC nas regiões do osso navicular (cortical e medular) e da superfície flexora do TFDP. Foi utilizado o software (ImageJ ® - National Institutes of Health), para as mensurações do HEC em todas as imagens axiais (janelamento ósseo e de tecidos moles). Foi efetuado o teste Pearson (p<0,05) para correlação das variáveis do HEC com H.U. As peças não diferenciaram entre si no HEC e no H.U, porém, houve correlação positiva significativa entre a H.U com a variável do HEC: Mean (p=0,003) nas regiões: cortical e medular do osso navicular e da superfície flexora do TFDP. A formação da imagem de TC baseia-se na diferença de atenuação do feixe de raios-X com a densidade do organismo, onde estruturas mais densas como o osso, são representadas nas imagens com tonalidades claras (hiperdenso) e as estruturas com menos densidade mais escuro (hipodenso), e a H.U quantifica essas densidades, onde os valores mais altos, mais densos e mais claros (SCHWARZ; SAUNDERS, 2011). A correlação positiva do HEC com a H.U podem indicar que quanto maior o valor de H.U, mais denso o material é, e mais tons de cinzas brancos serão identificados no HEC. Isso também sugere que quanto o valor mais próximo de 0, fornecido pelo o HEC, menos denso é a região avaliada nas imagens de TC, ou seja, mais tons de cinzas escuros serão identificados. A região cortical do osso navicular possui valores mais alto na H.U em comparação com a medular (PUCHALSKI et al., 2007) e conforme a correlação positiva apresentada pode sugerir o HEC como uma outra ferramenta quantificava para diferenciação de densidades e textura das estruturas. O HEC e o H.U são técnicas independentes que estão associadas e quando utilizadas isoladamente ou conjuntamente, auxiliam na interpretação das regiões cortical e medular do osso navicular e da superfície flexora do TFDP em imagens TC.


Texto completo: PDF