Última alteração: 2018-08-30
Resumo
Recentemente no Brasil, observou-se um aumento no número de casos de recém-nascidos com microcefalia associado ao vírus da Zika. O fato despertou interesse saber como ocorre a sua transmissão placentária e como é o seu diagnóstico. Este aumento foi considerado uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Por isso o objetivo deste artigo é avaliar as técnicas radiológicas empregadas para o diagnóstico de crianças microcefálicas, ultrassonografia (US), ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC), ponderando as diferenças estruturais observadas nos encéfalos analisados. Constatou-se com o estudo que os três métodos são eficientes na avaliação das variações anatômicas causadas pelo ZIKV, sendo que a TC tem maior sensibilidade para detectar as calcificações do sistema nervoso central (SNC), assim como o ultrassom. O US é o método mais utilizado no diagnóstico, provavelmente porque além de apresentar boa detecção das alterações, utiliza ondas mecânicas ao invés de radiação ionizante e tem baixo custo. A RM também não utiliza radiação ionizante, porém sua capacidade na detecção das calcificações é baixa, identificando apenas outros tipos de alterações do SNC.