Jornacitec Botucatu, VII JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

Tamanho da fonte: 
A INTERNACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL
Daniel Francisco Noé Nery, Guilherme Henrique Paes, Marco Antonio Nagao

Última alteração: 2018-10-13

Resumo


RESUMO: A economia do conhecimento é uma rede global que objetiva integrar universidades em todo o mundo incentivando-as a se conectarem de várias maneiras, a fim de colher os benefícios da interconexão global, bem como para evitar os perigos de paroquialíssimos. A internacionalização se refere a um processo de mudanças organizacionais, de inovação curricular, de desenvolvimento profissional do corpo acadêmico e da equipe administrativa, de desenvolvimento da mobilidade acadêmica com a finalidade de buscar a excelência na docência, na pesquisa e em outras  atividades   que são parte da função das universidades. O maior obstáculo para a internacionalização do ensino superior no Brasil é a pouca proficiência em inglês da comunidade acadêmica, o que impede tanto a mobilidade acadêmica para o exterior quanto a recepção de acadêmicos estrangeiros em nossas instituições.

Finardi e Porcino (2013) entendem que na atual sociedade da informação, tanto o inglês como língua internacional quanto o letramento digital são passaportes de acesso à informação, inclusão e formação de capital social. Os universitários sabem da importância do inglês para a vida acadêmica, mas se sentem desestimulados pela falta de tempo, condições financeiras para investir em um curso ou pelo mito de que é preciso ter alguma habilidade especial para aprender o idioma.  A Internet, e especialmente o advento da Web 2.0, além de reafirmar o status do inglês como língua internacional, também transformou os paradigmas do ensino desse idioma na medida em que, trouxe novas possibilidades de interação com esta língua e com seus usuários ao redor do mundo, oportunizando mais autonomia para o aprendiz e concretizando a construção colaborativa e situada do conhecimento (BALADELI; FERREIRA, 2012).

Portanto, o uso informado de tecnologias e metodologias, aliado ao ensino de inglês como língua internacional e acadêmica são essenciais para alavancar o desenvolvimento e a internacionalização da educação no Brasil de forma crítica em relação aos efeitos da globalização. O inglês como meio de instrução vem sendo adotado ampla e rapidamente nos continentes europeus e asiáticos. No Brasil, tal prática é ainda bastante restrita em relação ao que ocorre em outras regiões, mas os recentes investimentos realizados em políticas linguísticas de internacionalização no país, em especial o Programa Ciência sem Fronteiras e o Programa Idiomas sem Fronteiras, vêm contribuído para um interesse cada vez maior nos ambientes universitários visando promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional que tem como objetivo propiciar a formação e a capacitação em idiomas.


Texto completo: PDF