Jornacitec Botucatu, VII JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE RADIAÇÕES IONIZANTES E DE INCIDÊNCIA SOLAR NA REGIÃO DE BOTUCATU – INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DE LESÕES CUTÂNEAS
Edson Luiz Pontes Perger, Marco Antônio Rodrigues Fernandes

Última alteração: 2018-12-17

Resumo


O câncer é considerado como um sério problema de saúde pública. No Brasil, estima-se a incidência de cerca de 600 mil novos casos de câncer em 2018 (INCA, 2018). O câncer de pele é o tipo de câncer de maior incidência, e está identificado em dois tipos distintos: o tipo melanoma e o tipo não melanoma. O câncer de pele do tipo não melanoma, embora de menor agressividade, e baixa letalidade, quando comparado com o tipo melanoma, é o mais frequente, correspondendo à aproximadamente 30% do total de neoplasias diagnosticadas (COELHO, 2016). A validação de mecanismos para a prevenção destas doenças pode favorecer tratamentos menos traumáticos e mais bem-sucedidos (PORTAS et al., 2013), proporcionando melhor qualidade de vida e bem-estar social à população (BIFULCO et al., 2010), além de reduzir os custos para os cofres públicos frente às políticas governamentais de assistência à saúde humana (SOUZA, 2011; MIOT, 2013). Estudos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) (2017), mostraram que o grau de acometimento das lesões do tipo carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC) e melanoma, estão intimamente ligados com a idade avançada, cor de pele (branca) e exposição aos raios UV dos pacientes (BARIANI et al., 2006; RESENDE; BACHION; ARAÚJO, 2006). O Brasil é um país tropical onde os níveis de exposição à radiação solar são elevados e constantes durante grande período do ano e em boa parte do seu território (PEREIRA et al., 2006; TIBA et al., 2000). O Estado de São Paulo, devido à suas diferenças climáticas regionais, apresenta variações de leituras dos índices de exposição à radiação solar (FERNANDES, 2011; FILGUEIRAS et al., 2015). A maior parte da população é despreparada em relação aos métodos de proteção à exposição à radiação solar e desinformada quanto aos efeitos da radiação ultravioleta (R-UV) sobre a saúde (CORRÊA, 2006; CEONI, 2009). A hipótese da pesquisa se baseia em dados fornecidos pelas instituições responsáveis pela prevenção, controle e tratamento do câncer, tais como o Instituto Nacional de Câncer (INCA); Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), União Internacional de Controle do Câncer (UICC), etc.... Estes organismos apontam uma forte relação entre a ocorrência de câncer de pele em regiões de alta incidência de radiação solar e exposições a RI. Assim, o trabalho visa quantificar essas exposições e contribuir para melhorar o nível de conhecimento da população, no que tange aos cuidados quando da exposição às radiações e às formas de prevenção do câncer de pele. Espera-se ainda, que a pesquisa oriente a comunidade em geral sobre as formas de tratamento e profissionais envolvidos nas técnicas radiológicas. Os resultados das pesquisas poderão subsidiar as entidades e autoridades sanitárias locais, sobre dados que apontam os níveis de radiação solar e de RI, e suas relações com a incidência de lesões cutâneas.

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