Jornacitec Botucatu, VII JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

Tamanho da fonte: 
OS OBSTACULOS SOCIOCULTURAIS E O DESEMPENHO DA MULHER EMPREENDEDORA
Janaína Regis da Fonseca Stein, Ariela Camillo, Daniela Rocha

Última alteração: 2018-09-25

Resumo


O empreendedorismo feminino vem mostrando o potencial das mulheres em diversos setores da economia. Esse aumento tem como ferramenta a igualdade entre os sexos, exigindo-se o reconhecimento da qualificação feminina e sua participação no crescimento econômico. Segundo Sebrae (2013) entre o faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano de 2001 e 2011 as mulheres vem conquistando cada vez mais espaço no cenário de crescimento econômico. A pesquisa trata-se de revisão de literatura, por documentação indireta e método dedutivo e pela pesquisa qualitativa. Foram utilizadas doutrinas disponibilizadas em acervos físicos e ambiente eletrônico. Busca-se, dessa forma, conduzir o leitor à ideia final acerca dos obstáculos socioculturais e o desempenho da mulher empreendedora. Muito embora mulher venha projetando-se em diversos setores da economia, ainda acaba sendo um grande desafio na de grandes organizações. Há várias barreiras a serem vencidas: a discriminação pelo gênero é um fator que atrapalha a evolução da mulher desde o começo dentro da empresa ou para quem almeja abrir seu próprio negócio (SEBRAE, 2018). O atual e instável cenário político e econômico, os altos índices de desemprego e o grande número de empresas fechando as portas tem levado pessoas a investir em seu próprio negócio, mas existe uma grande necessidade da criação de políticas a incentivar a criação de negócios por mulheres (MULHERES EMPEENDEDORAS). Com isso as empreendedoras conseguem minimizar os conflitos de trabalho e família e a ênfase utilizada a esses gera grande destaque no trabalho e na vida familiar dessas mulheres que mostra as mudanças sociais de gênero, contestando os falsos mitos de diferente entre os sexos que atravessam os negócios e as famílias (BARNETT, 2004). Segundo Sebrae (2018) o número de mulheres que iniciaram com o empreendedorismo aumentou nos últimos anos, tanto no Brasil como nos demais países. Hoje cerca de 30% nos negócios privados mundialmente são coordenados ou idealizados por mulheres, porém, esse dado seria favorável se o fato de que uma pequena parte dessas empresas é considerada de alto impacto. Nos Estados Unidos, 2% das organizações são coordenadas por mulheres e são geradas mais de US$ 1 milhão em receitas por ano e o que foi identificado segundo um estudo norte-americano é que as causas são do investimento desigual pelos financiadores (SEBRAE, 2018). Segundo Dornelas (2005), é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. No Brasil, 41% da força de trabalho são das mulheres, porem conseguem ocupar somente 24% dos cargos de gerência. Segundo a Gazeta Mercantil as mulheres executivas subiram em 8% dentre as 300 maiores empresas brasileiras. Entretanto as mulheres recebem, em média, 71% do salário dos homens e essa diferença é mais aparente em funções menos qualificadas. Diante de tais resultados, conclui-se que apesar das grandes barreiras a serem vencidas, o Brasil ocupa atualmente a terceira posição no ranking de países com o maior número de empreendedores – ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.


Texto completo: PDF