Jornacitec Botucatu, VII JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

Tamanho da fonte: 
IMPRESSÃO 3D E A SUAS APLICAÇÕES NA BIOENGENHARIA E MEDICINA
Janaína Regis da Fonseca Stein, Daniel Menegon, Gabriel Rocha, Rubens Ponik

Última alteração: 2018-10-08

Resumo


Quando a impressora 3D foi criada, seu principal objetivo era a fabricação de peças para a indústria automobilística. As opções de impressão se estendem a inúmeras possibilidades, como o setor de saúde que passou a investir pesado nessa tecnologia. Plásticos e metais estão sendo agora utilizados para criar réplicas personalizadas de órgãos ou partes do esqueleto que permitem o planejamento preciso de cirurgias. Um dos principais usos das impressoras 3D mundo afora é a produção de implantes para reconstituir partes do corpo, geralmente ossos e alguns tecidos, usando titânio e outras ligas metálicas de baixa rejeição imunológica. O objetivo da presente pesquisa é demonstrar alguns aspectos básicos de funcionamento de uma impressora 3D bem como sua crescente aplicabilidade nos campos da bioengenharia e medicina, auxiliando assim nos avanços na área da saúde em busca de um futuro melhor. Para realização da presente pesquisa científica, utilizou-se do método dedutivo de pesquisa, através de documentação indireta por revisão de literatura, por meio de pesquisa qualitativa, com consulta em diversos artigos de renomadas e influentes autores na área. Tecido é um conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por matriz extracelular e que realiza uma função em um organismo pluricelular (JOSÉ, 2005). Diante de uma grande lesão tecidual com grande perda de células incapazes de serem reparadas fisiologicamente é necessário auxilio extra corporal para repor esse dano. Existem então diversos métodos para auxiliar ou repor esse dano e uma delas é o desenvolvimento de novas técnicas biomédicas (PORTO, 2016). As cirurgias reparadoras são indicadas em situações em que o tecido sofreu grandes lesões, mas não perdeu sua função. A cirurgia, neste caso, seria um facilitador da reparação biológica. Os transplantes são indicados em casos de perda de função de um órgão. O órgão pode ser substituído por outro, funcional, retirado de doadores vivos ou mortos, dependendo do caso. Esta técnica envolve muitas outras questões além da rejeição que pode ocorrer no receptor; o desconhecimento por parte da família de potenciais doadores, por exemplo, é um forte empecilho em muitos casos (GUIMARÃES, 2002). Os implantes de materiais biológicos impressos surgiram como uma forma de contornar esses obstáculos e podem ser de dois tipos: temporários ou permanentes. A técnica de implantes temporários tem menos implicações, pois usa como base polímeros biorreabsorvíveis que, segundo Santos e Wada (2007), são materiais poliméricos e dispositivos sólidos que mostram degradação pela diminuição de tamanho e que são reabsorvidos in vivo; ou seja, são materiais que são eliminados por rotas metabólicas do organismo. A biorreabsorção permite que, após os tecidos implantados, estes farão parte do metabolismo do corpo, ajudando a manutenção do implante e tendo seus subprodutos expelidos de maneira natural, sem causar respostas imunitárias (CALLISTER JR., 2008). Assim, pela bioengenharia de tecidos, busca-se não somente diminuir a resposta imunitária (aplicando-se matérias bioreabsorviveis, como pouco imunogênicos) além da possiblidade de utilização celular do próprio paciente para crescimento em suporte, alcançando a possibilidade de criação de órgãos artificiais.


Texto completo: PDF