Jornacitec Botucatu, VII JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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IMPLANTAÇÃO DE AGROINDÚSTRIAS EM REGIÕES PREDOMINANTES DE AGRICULTORES FAMILIARES NO FORMATO DE ARRANJO PRODUTIVO LOCAL - APL
Politon Thiago Guedes, Patricia Helena Milane, Cintia Bazana

Última alteração: 2018-09-25

Resumo


Devido a necessidade crescente para a produção de alimentos saudáveis e de rápido preparo, elevação da exigência e melhor utilização do tempo e consequentemente de maior eficiência operacional dos sistemas de produção, o presente estudo tem por objetivo a avaliação da viabilidade econômica de um projeto de construção de agroindústrias de beneficiamento de hortifrúti em localidades de predominância da agricultura familiar, onde serão desenvolvidas pesquisas, como a mercadológica através de entrevistas físicas e via web através da plataforma do Google formulários que serão de suma importância para o norteamento das linhas de produção e também se realizará coletas de dados que posteriormente serão tabuladas para a confirmação de matérias para a fábrica como: maquinas, equipamentos, insumos dentre outros . Vemos como principal incentivo para essa iniciativa os baixos valores praticados aos produtos, principalmente da agricultura familiar, pois eles não produzem em larga escala e o poder de barganha acaba limitado e assim podemos desenvolver um projeto de viabilidade econômica para construção de usinas de beneficiamento de frutas, legumes e hortaliças para assim se agregar mais valor aos produtos comercializados em um formato ainda pouco disseminado para com os sitiantes os de uma APL (Arranjo Produtivo Local), uma espécie de cooperativa, e com isso avaliar se o projeto é viável, pois buscaremos taxas atrativas junto aos bancos públicos, que possuem linhas de créditos voltadas para esse segmento da agricultura e consequentemente acabaremos a desenvolver produtos com a máxima segurança alimentar e assim obedecendo à legislação vigente. Com os baixos preços praticados hoje no mercado de hortifrúti, busca-se uma forma de agregar valor a uma mercadoria que, com um beneficiamento simples poderíamos agregar mais de 10 vezes mais do que a sua venda in natura, dependendo do produto e assim consultamos o site da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a Mandioca média foi comercializada no mês de março de 2018 a um valor médio de R$ 1,26 o kg. Esse valor de comercialização ainda é considerado baixo, ou seja, para o produtor deve ter sido pago um valor em torno de R$ 0,63 o kg, pois se pratica no mercado um ganho de 100% do valor pago ao produto pelos atravessadores que normalmente, são os distribuidores nos entrepostos. Em um supermercado na região do nordeste paulista foi levantado que a mandioca embalada a vácuo com 700g tem o custo de venda de R$ 4,69, nos mercados se pratica um lucro médio sobre as mercadorias de 40%, ou seja, o produtor vendeu a mesma mandioca com um processamento mínimo por algo em torno de a R$ 3,35 a porção de 700g ou o quilo da mesma sairia por R$ 4,79, sendo assim, ele teve um lucro de quase 8 vezes superior ao que se teria praticado no comercio varejista tradicional. Com esses dados mostrados anteriormente é necessário aprofundar a análise financeira para projetar a viabilidade econômica das usina e analisar se as projeções indicarão que o empreendimento é viável e qual o prazo de retorno do investimento.


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