Jornacitec Botucatu, VI JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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BALANÇO HÍDRICO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA AGRICULTURA IRRIGADA NO MUNICÍPIO DE LUPÉRCIO - SP
Ivanilda Alves Ferreira, Flávia dos Santos Grandizoli, Raimundo Nonato Farias Monteiro, Érika Cristina Souza da Silva Correia, Lais Fernanda Fontana, Kelly Nascimento Leite

Última alteração: 2017-10-06

Resumo


Planejar de forma otimizada o uso dos recursos hídricos é a forma mais eficiente de manejá-los de forma integrada, dessa forma, o balanço hídrico climatológico (BHC) permite o conhecimento da necessidade e disponibilidade hídrica no solo ao longo do tempo (SOUZA et al., 2013). O BHC como unidade de gerenciamento, permite classificar o clima de uma região, realizar o zoneamento agroclimático e ambiental, além de favorecer ao gerenciamento integrado dos recursos hídricos (LIMA; SANTOS, 2009). O objetivo deste trabalho foi calcular o balanço hídrico climatológico para o município de Lupércio – SP, utilizando cenários com diferentes disponibilidades de água no solo. Foram utilizadas dados históricos mensais de chuva e temperatura (1993-2012) para o cálculo do BHC, utilizando a metodologia proposta por Thornthwaite e Mather (1955). A Evapotranspiração potencial (ETp) foi estimada pelo método de Thornthwaite (1948) que utiliza apenas os dados de temperatura média e valores de latitude do local. Os cenários com variação da disponibilidade de água no solo foram com as CADs 100, 75 e 50 mm. O município caracterizou-se com precipitação média mensal de 133 mm, totalizando 1.602 mm ao ano. As médias mensais de temperatura variaram entre 20,3 ºC para o mês de junho e 25,30 °C para o mês de fevereiro. Dentre os meses, observa-se a tendência de temperaturas mais elevadas entre dezembro a março (período chuvoso) e menores de maio a junho. Os valores de evapotranspiração potencial (ETP) anual foram de 1.189 mm, apresentando média mensal de 99 mm. Os meses com maiores e menores valores médios de ETP foram dezembro com 139 mm e julho com 63 mm, respectivamente. Observou-se que os meses os meses de inverno (julho, agosto e setembro) são os de deficiência hídrica no solo, apresentando valores de 19, 23 e 31 mm para as CADs 100, 75 e 50 mm respectivamente. O excedente hídrico totalizou 431, 436 e 443 mm para as CADs 100, 75 e 50 mm respectivamente. Nota-se que os meses de maiores precipitações são os meses de maior excedente hídrico, não sendo a evapotranspiração potencial (ETP) suficiente para causar danos à disponibilidade hídrica do solo nesse período, apresentando a mesma tendência para todos os cenários simulados.

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