Jornacitec Botucatu, VI JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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MODELOS FUNCIONAIS DA VARIAÇÃO DO CRESCIMENTO OCULAR DE CRIANÇAS PORTADORES DE CATARATA CONGÊNITA
Farid Sallum Neto, Antonio Carlos Lottelli-Rodrigues, Francini Piccolo Ferreira, Livia Paschoalino de Campos, Carlos Roberto Padovani

Última alteração: 2017-10-09

Resumo


A cegueira na infância consiste na segunda causa da cegueira mundial, conforme critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). A catarata pediátrica é responsável por aproximadamente  das crianças cegas no mundo. De acordo com o tempo de aparecimento, esta pode ser designada como congênita, quando ocorre dentro dos três primeiros meses de vida, e de desenvolvimento, quando ocorre após este período.O tratamento da catarata infantil tem características diferentes da catarata adulta. A infantil trata-se de um olho em crescimento com particularidades anatômicas e histológicas em um indivíduo com sistema visual incompleto e com tratamento que não acaba na cirurgia, como acontece na catarata do adulto. O implante da Lente Intraocular (LIO) no mesmo ato cirúrgico da remoção da catarata é bem aceito atualmente após o primeiro ano de vida, porém há controvérsias em relação à idade menores, devido a dificuldades técnicas impostas pelo tamanho do olho e a elevada taxa de obstrução do eixo visual.Para determinar o grau da LIO a ser implantada no olho da criança, deve-se considerar para o cálculo biométrico do grau as medidas de ceratometria – medida da curvatura anterior da córnea  e comprimento axial . O ideal é que estas medidas sejam realizadas no mesmo ato anestésico da cirurgia, utilizando biômetro de imersão e ceratometria manual automatizada. A partir dos valores de  e , existem várias fórmulas utilizadas para o calculo da LIO; porém destaca-se que não há um consenso da área de oftalmologia sobre qual deve ser a utilizada.Destarte, torna-se fundamental que os valores de  e  sejam altamente precisos para que o resultado final para o grau da LIO seja o mais fidedigno para a resposta da visão. Contudo, por tratar-se de catarata pediátrica, onde se projeta o desenvolvimento ocular da criança visando a estabilização na idade adulta quanto a acuidade visual, a estimativa a ser oferecida para a LIO do futuro, implantada no presente, deve ser realizada por meio de modelos consistentes e com alta resolutividade para minimizar o risco de imperfeições. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo utilizar técnicas de Cálculo Diferencial, envolvendo derivadas de  e  ordem, para avaliar o comportamento dos modelos de variação do crescimento ocular de portadores de catarata congênita expressos nas funções ajustadas para as respostas das variáveis comprimento axial  e ceratometria  em função da idade da criança.


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