Última alteração: 2017-10-11
Resumo
A floresta plantada no Brasil ocupa 7,74 milhões de hectares no Brasil e embora represente 0,9% do território nacional, é responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais no País (IBÁ, 2015). O uso da biomassa proveniente de florestas plantadas de Eucalyptus para bioenergia, em algumas situações, passa pelo aproveitamento da madeira com a casca. A casca é um resíduo florestal que ao longo dos anos era deixada no campo após a colheita da floresta, entretanto, hoje em dia, com o advento da tecnologia de fornos e caldeiras industriais vem sendo aproveitada para geração de energia, apesar do seu alto teor de cinzas (BRITO: BARRICHELO,1978). São poucos os trabalhos que estudaram as propriedades físicas e químicas desse material. Desta forma, o objetivo desse estudo é caracterizar a casca de toras de Eucalyptus grandis estocadas na forma de pilhas durante as estações do outono e inverno. Para o estudo, foram abatidas árvores de um povoamento florestal aos nove anos de idade. Foram seccionadas toras de 6,2 m de comprimento até um diâmetro comercial mínimo de 5 cm. As toras foram classificadas em três classes diamétricas e empilhadas aleatoriamente para simulação de uma operação comercial. Assim, foram coletadas amostras da casca ao longo do comprimento longitudinal das toras para determinação da sua composição química imediata (umidade, cinzas, materiais voláteis e carbono fixo), densidade básica e poder calorifico após 160 dias de estocagem. As análises propostas no estudo ainda estão sendo conduzidas no Laboratório agroflorestal de Biomassa e Bioenergia onde foi obtido os seguintes resultados: densidade básica (0,32g/cm³), umidade (8,1%), teor de cinzas (6,91%) e teor de voláteis (76,26%). Conforme os resultados podemos destacar o autovalor de cinzas produzida.
Palavras-chave: Casca de Eucalyptus grandis, analise imediata. Poder calorífico. Biomassa, Bioenergia.