Jornacitec Botucatu, VI JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

Tamanho da fonte: 
METODOLOGIA DA REALIZAÇÃO DA CINTILOGRAFIA DE TIREÓIDE EM SERES HUMANOS
Jéssica Leite Fogaça, Michel Campos Vettorato, Nayara Maria Gil Mazzante, Vânia Maria Vasconcelos Machado, Marco Antônio Rogrigues Fernandes, Sergio. A Lopes Souza

Última alteração: 2017-09-27

Resumo


RESUMO: Os estudos do sistema endócrino foram os primeiros a serem realizados no setor de medicina nuclear. Os pacientes indicados para a cintilografia de tireóide são os que apresentam nódulos palpáveis na tireóide, detecção de metástase de carcinoma, reestadiamento de radioterapia, massas mediastinais, entre outras (DIAS et al., 2002; VITORINO et al., 2014; ZIESSMAN et al., 2015). Para realização do exame, o paciente deve realizar um prévio preparo, por exemplo, suspender medicamentos que possam interferir na captação do radiofármaco e fazer uma dieta baixa de iodo. Os radionuclídeos utilizados para obtenção das imagens clínicas são iodo-131 (131I), iodo-123 (123I) e pertecnetato-99mTc (ALBINO et al., 2001; DIAS et al., 2002; CARDOSO et al., 2004; RUZZARIN et al., 2017). Este trabalho tem como objetivo descrever os métodos utilizados para realização da cintilografia de tireóide em seres humanos. O principal radiofármaco utilizado para a cintilografia de tireóide é o pertecnetato-99mTc de Sódio Livre (99mTcO4-) administrado via intravenosa, com dose de 1 a 10 milicurie (mCi) em um adulto padrão de 70 quilogramas (Kg). As imagens são adquiridas após 20 minutos da aplicação do radiofármaco com o paciente posicionado em decúbito dorsal na mesa do equipamento gama – câmara (VIEIRA et al., 2011; ZIESSMAN et al., 2015). As interpretações das imagens obtidas são realizadas por meio do tamanho, forma e identificação de anormalidades focais, incluindo nódulos hipocaptante ou hipercaptante, e também atividade extra tireoidiana localizada no pescoço, como também em região do tórax. Alguns setores de medicina nuclear utilizam a cintilografia para mensurar o tamanho da glândula e calcular a dose para a radioiodoterapia e diferenciar a captação difusa de captação nodular em pacientes com hipertireoidismo (ALBINO et al., 2001; CARDOSO et al., 2004). A cintilografia realizada com o 131I é com dose de 1 a 2 mCi (37 MBq a 74 MBq) administrado por via oral, em um adulto padrão de 70 Kg. As imagens são adquiridas após 24 horas da ingestão do radiofármaco e caso o primeiro exame seja duvidoso, é recomendado realizar novas projeções após 48 ou 72 horas. Para a detecção de carcinoma de tireóide, as incidências mais importantes são: anterior de crânio, pescoço e tórax, embora o indicado seja estender até a pelve. Alguns setores de medicina nuclear preferem adquirir imagens com tempo pré–determinado, por exemplo, 10 a 20 minutos por incidência (PEREIRA, CAMARGO; NETO, 2000; CARDOSO et al., 2004; ZIESSMAN et al., 2015). Por meio dessa revisão foi possível identificar que a cintilografia de tireóide realizada tanto com o I131 ou com pertecnetato-99mTc são procedimentos seguros e não invasivos aos pacientes, permitindo o diagnóstico de diversas enfermidades e desordens do sistema endócrino, além de realizar tratamento com radioiodoterapia.

Texto completo: PDF