Última alteração: 2016-10-20
Resumo
A rastreabilidade na cadeia produtiva de alimentos ganhou força nos anos 90, após a ocorrência de incidentes envolvendo o consumo de carne bovina. Desde então, a adoção de sistemas de rastreabilidade corresponde a um diferencial de mercado para as empresas produtoras. A utilização de QR-Code neste processo permite que os consumidores acessem os dados da cadeia de produção em qualquer lugar e no momento desejado.
Rastreabilidade alimentar é a habilidade de se rastrear qualquer alimento por todas as etapas de produção, processo e distribuição até chegar ao consumidor final e isso passou a ser nos dias atuais, uma preocupação das pessoas com relação à origem dos alimentos e sua produção, junto a essa premissa as empresas veem dando real importância para a rastreabilidade, para que seus consumidores saibam a qualidade do que estão ingerindo.
O rastreamento nos mostra o histórico do produto, como exemplo, no caso da carne bovina: quem é o produtor, quem é o distribuidor, quando o produto foi entregue entre outras informações relevantes.
Esse sistema é uma forma de que o consumidor possa ter mais clareza e informação sobre o produto. A rastreabilidade não beneficia só os consumidores como principalmente as empresas, fazendo possível, por exemplo, identificar erros e qual sua origem, de maneira mais simples e rápida, já que o sistema de rastreabilidade fornece todas as informações do caminho percorrido pelo produto desde a sua saída até sua chegada. (BARBOSA, 2015)
No Brasil não há regulamentação do tema, o que já ocorre em outros países. Está tramitando na ANVISA uma iniciativa de Atuação Regulatória sobre o tema, que, segundo o órgão, irá em breve à consulta pública. Portanto, todos os programas existentes são voluntários.
Na Europa é obrigatório por lei que conste nas gôndolas a informação de origem do alimento, por exemplo, além do rastreamento da cadeia pelo método “passo antes e passo depois”. Dessa forma, todo elo da cadeia deve ter documentado de onde o alimento veio e para onde ele foi.
Segundo pesquisa do Idec, algumas redes supermercadistas já possuem programas voluntários de rastreabilidade. Porém, ainda insuficientes. O Instituto identificou, em visita aos supermercados, que o maior problema está nos alimentos a granel, apenas 0,06% destes alimentos apresentam alguma informação ao consumidor. Entre os alimentos embalados, são 42,6%. A maior vantagem está nos alimentos orgânicos - são 56,5% contra 28,7% dos convencionais.
Desta forma, o objetivo do trabalho, foi desenvolver uma ferramenta de rastreabilidade para que o usuário possa ter acesso a informações mais abrangentes sobre o produto alimentício que está consumindo através de documentos de fotos e midias armazenadas na nuvem que ficarão disponíveis a qualquer pessoa e com fácil acesso, através da leitura de códigos Quick Response – QR.