Jornacitec Botucatu, IV JORNACITEC

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Difusão na avaliação do acidente vascular cerebral isquêmico - revisão em neurorradiologia
Diogo Porto Painço, João Luis Silveira Wagner, Karine Rodrigues Noronha, Reinaldo Ferreira Salgado, Marjorie do Val Ietsugu

Última alteração: 2015-09-22

Resumo


O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, acometendo 15 milhões de pessoas anualmente. A doença ainda traz custos econômicos e sociais significativos à família do paciente associados à reabilitação e ao cuidado. Das modalidades de AVC, aproximadamente 85% dos pacientes são acometidos pela forma isquêmica (AVC-I) na qual a aterosclerose é a principal etiologia. Ademais a avaliação clínica, os métodos de imagem são ferramentas úteis no diagnóstico do AVC-I como tomografia computadoriza (TC) e ressonância magnética (RM), sendo o tecnólogo em radiologia um profissional capacitado para a aquisição das imagens. Sabe-se que a difusão na RM apresenta maior sensibilidade na avaliação precoce do AVC-I; no entanto, apesar de utilizada com bastante frequência, não são todos os profissionais das práticas radiológicas que a conhece. O objetivo é descrever o mecanismo pelo qual a difusão em RM avalia precocemente o AVC-I. Foi realizada revisão bibliográfica, pelos alunos da disciplina de Neurorradiologia do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da Faculdade de Tecnologia de Botucatu (FATEC-Botucatu), em sites de pesquisa como Scielo e Google acadêmico e nas bibliotecas da FATEC-Botucatu e da Universidade Estadual Paulista em Botucatu (UNESP-Botucatu). Os arquivos foram analisados conjuntamente e selecionados de acordo com o objetivo da revisão, sendo o período de publicação compreendido entre 2009 e 2012 e o de busca referente ao 1º semestre de 2015. A diminuição da perfusão cerebral característica do AVC-I corresponde à etiologia do edema citotóxico na área da lesão, com restrição de movimentação das moléculas de água e diminuição do volume intersticial. Dessa forma, o AVC-I é visto como hipersinal em difusão, o que representa a restrição à movimentação aleatória das moléculas de água. O hipersinal ocorre devido ao fato de que os spins das moléculas de água não mudaram de localização durante o intervalo entre a aplicação dos dois gradientes, sendo que a totalidade dos spins entraram de fase para a formação do eco e consequente hipersinal. Conclui-se que a difusão utiliza a restrição de movimentação de água, característica do AVC-I em fase precoce, para a obtenção da imagem.

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