Jornacitec Botucatu, IV JORNACITEC

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Aminas biogênicas e polifenóis no leite e queijo de ovelhas da raça Bergamácia suplementadas com óleo ou farelo de linhaça (Linum usitatissimum L.)
Aline Aparecida de Oliveira Montanha, Edson Ramos de Siqueira, Giuseppina Pace Pereira Lima, Simone Fernandes, Jéssica Aparecida Marques

Última alteração: 2015-09-22

Resumo


RESUMO: Os consumidores estão cada vez mais buscando alimentos mais saudáveis, entre eles os denominados alimentos funcionais por fornecerem benefícios adicionais aos da alimentação convencional e poderem reduzir o risco de doenças (PIMENTEL, 2005). E para auxiliar nessa alteração a utilização de óleos ou farelos na alimentação animal é de grande interesse em termos de pesquisa, pois visa a produção de compostos alimentares benéficos à saúde humana e com possibilidade de agregar valores ao produtor. Nos últimos anos, a demanda pelo conhecimento de alimentos com aminas biogênicas e os polifenóis é crescente. As aminas biogênicas podem ser classificadas em moduladoras e promotoras do crescimento como a espermidina e espermina, que atuam no crescimento e manutenção do metabolismo celular (BARDÓCZ et al., 1993). De acordo com Lindesmose et al. (2005), as concentrações de poliaminas estão aumentadas em células cancerosas, e alguns autores relataram que a privação de poliaminas nas dietas pode ser benéfica para reduzir o crescimento de tumores (SARHAN et al., 1989). Outro ponto abordado em relação às aminas biogênicas é que, quando em altas concentrações em queijos, principalmente os maturados, elas podem causar efeitos de intoxicação, como é o caso da histamina. Os compostos fenólicos são excelentes fontes naturais de antioxidantes e são conhecidos por neutralizarem o excesso de radicais livres e anular os efeitos patológicos (NACZK & SHAHIDI, 2004).         O uso de óleos ou farelos na alimentação animal é uma alternativa que pode ser utilizada para tornar o produto como um alimento funcional, principalmente utilizando a semente de linhaça que é rica em polifenois e antioxidantes. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Botucatu/SP com o protocolo n° 25/2013 – CEUA. A primeira parte do experimento foi realizada na Unidade de Pesquisa e Produção de Leite Ovino, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Campus de Botucatu, SP.  Utilizou-se 70 matrizes da raça Bergamácia, que foram ordenhadas mecanicamente por um período de 63 dias. Os animais foram distribuídos em três tratamentos: A) ovelhas suplementadas com concentrado, B) ovelhas suplementadas com óleo de linhaça e C) ovelhas suplementadas com farelo de linhaça; ambos balanceados segundo exigências do NRC (2007) para ovelhas em lactação. O queijo foi realizado no Departamento de Gestão de Tecnologia Agroindustrial da Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP, Botucatu e transformado em queijo tipo minas meia-cura (curado por 20 dias). A segunda parte do experimento está sendo realizada no Departamento de Química e Bioquímica do Instituto de Biociências – UNESP/Botucatu, com o objetivo de avaliar o teor das aminas biogênicas e polifenois no leite e no queijo tipo minas meia-cura de ovelhas da raça Bergamácia, suplementadas com óleo ou farelo de linhaça. Estão sendo avaliadas as seguintes aminas biogênicas: espermina, espermidina, putrescina, cadaverina, serotonina, histamina, tiramina e dopamina e também os compostos fenólicos do leite e do queijo tipo minas meia-cura e analisados o comportamento dessas variáveis em relação ao tempo de maturação.


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