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METODOLOGIA DA REALIZAÇÃO DA CINTILOGRÁFIA ÓSSEA EM SERES HUMANOS
Jéssica Leite Fogaça, Michel Campos Vettorato, Maria Cristina Castiglioni, Jeana Pereira Silva, Vânia Maria Machado, Marco Antonio Fernandes

Última alteração: 2016-12-06

Resumo


A cintilográfia óssea tem como propósito avaliar o metabolismo ósseo e eventos inflamatórios através da distribuição e captação do radiofármaco. As principais indicações para este exame são doença óssea metastática decorrente de tumores de mama, próstata, pulmão, bexiga urinária, intestino e fígado. A cintilográfia óssea é indicada também para avaliação de tumores ósseos primários, fratura por estresse, avaliação de prótese, artrite, osteomielite e osteocondrose (KUBA, 2008). Este trabalho tem como objetivo apresentar os métodos utilizados para realização da cintilográfia óssea em humanos por meio da literatura. O principal radiofármaco utilizado é o metilenodifosfonato – tecnécio – 99m (MDP – 99mTc) em dose de 20 mCi (740MBq) em adulto de 70kg. O radiofármaco é administrado via intravenosa e o paciente é posicionado em decúbito dorsal na mesa do equipamento gama – câmara para obtenção das imagens (THRALL; ZIESSMAN, 2003). Técnicas especiais de imagem incluem estudos dinâmicos para diagnóstico diferencial entre doença óssea e doença em partes moles, e a cintilografia tomográfica (SPECT). Esta ultima é obtida em estudo de corpo inteiro para pesquisa de metástases ou para uma imagem mais localizada, devido o melhor contraste sobre as áreas quentes (hipercapitante) e áreas frias (hipocapitante) (THRALL; ZIESSMAN, 2003). A cintilográfia óssea trifásica é considerada uma técnica especial de imagem, este procedimento é realizado em três fases distintas. A primeira (fase 1) inicia-se concomitantemente à administração intravenosa do radiofármaco identificando a fase arterial e venosa durante 60 segundos (fase dinâmica). A segunda fase (Fase 2) da trifásica denominada de equilibro, avalia o radiofármaco no espaço vascular para determinar a permeabilidade da região estudada aumentada em eventos inflamatórios agudos, as imagens estáticas são adquiridas após 5 minutos da aplicação do radiofármaco. A terceira fase (Fase 3) é referente à fixação óssea, é obtida entre 2 a 4 horas após administração do radiofármaco. As imagens são obtidas em projeção anterior e posterior e imagens estáticas da região de interesse (KUBA, 2008; HUAIJANTUG, 2015). STROBEL, et al (2007) realizaram a cintilográfia óssea em 37 pacientes utilizando essa metodologia, o qual proporcionou um diagnóstico satisfatório. Por meio da literatura foi possível identificar que a cintilográfia óssea é realizada de forma segura, indolor e não invasivo ao paciente, além de demonstrar à eficácia da metodologia de diagnóstico das três fases.


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